A Orquestra
OPUS 21 apresentou-se, sexta-feira (no Teatro Académico de Gil Vicente (TAGV),
em Coimbra) e domingo (no Auditório do Museu Municipal da Figueira da Foz),
perante um público (muito, em Coimbra; um pouco menos, na Figueira da Foz)
interessado e animado. A formação musical revelou, nestes momentos
musicais, uma sonoridade muito cativante e uniforme, provocando crescentes
aplausos.
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(Foto de José Sobral) |
No entender
de Eduardo Fragoso, presidente da Associação António Fragoso – em cujo
Departamento de Música se integra a Orquestra OPUS 21 – foram «dois enormes concertos,
de grande valor artístico, num espectáculo inédito».
Em palco, 22
músicos – professores e alunos da Academia de Música António Fragoso – tocaram,
na primeira parte, a música dos anos 20 a 60, alguma dela jazística, outra
ligeira, como “You Know I'm no Good”, “Polca da Risota”, “Proudy
Mary” ou “Coimbra é uma Lição”. Depois de 45 minutos de alegria, seguiu-se uma
esplêndida segunda parte, com a brilhante interpretação da obra-prima de
Georges Gershwin, a “Rapsody in Blue”. Nesta obra, os músicos da Orquestra OPUS
21 foram acompanhados pelo virtuoso pianista espanhol José Maria Duque e
todos foram excelentemente dirigidos pelo Maestro Artur Pinho Maria.
«Trata-se
de músicos de diferentes graus, uns profissionais, outros não, mas de grande
qualidade, que deram um excelente concerto», considera o maestro convidado,
Artur Pinho Maria. «Foi, de facto, um grande momento musical e estou certo de
que esta Orquestra, que tem muito potencial, tem ainda mais para nos dar, muito
porque os músicos tocam com alma», acrescentou o maestro.
De resto, a
Associação António Fragoso, garante o seu presidente, «está
orgulhosa de contar nas suas hostes com músicos de grande gabarito, que
conseguem ultrapassar reptos – à primeira vista inultrapassáveis – e porque
pela primeira vez as suas duas Academias deram em conjunto concertos que vieram
revolucionar o panorama musical e cultural do País». Isto porque, de facto,
conta Eduardo Fragoso, os concertos «constituíram uma boa surpresa ao numeroso
público que assistiu». «Tive reações de responsáveis culturais muitíssimo boas
e de muita gente anónima que só dizia que nunca tinha assistido a um concerto
tão surpreendentemente bom», realça. «Foi, sem dúvida, uma lufada de ar fresco,
culturalmente falando», conclui Eduardo Fragoso.
A
Orquestra Opus 21 é composta por um leque de 12 a 20 músicos, distribuídos por
saxofones, trompetes, trombones, secção rítmica (percussão teclas e cordas), voz
e outros que por vezes se associam –, dirigidos musicalmente pelo Maestro
Evaristo Neto.