sexta-feira, 31 de outubro de 2014

Orquestra OPUS 21 proporciona «dois enormes concertos»

A Orquestra OPUS 21 apresentou-se, sexta-feira (no Teatro Académico de Gil Vicente (TAGV), em Coimbra) e domingo (no Auditório do Museu Municipal da Figueira da Foz), perante um público (muito, em Coimbra; um pouco menos, na Figueira da Foz) interessado e animado. A formação musical revelou, nestes momentos musicais, uma sonoridade muito cativante e uniforme, provocando crescentes aplausos.

(Foto de José Sobral)

No entender de Eduardo Fragoso, presidente da Associação António Fragoso – em cujo Departamento de Música se integra a Orquestra OPUS 21 – foram «dois enormes concertos, de grande valor artístico, num espectáculo inédito».
Em palco, 22 músicos – professores e alunos da Academia de Música António Fragoso – tocaram, na primeira parte, a música dos anos 20 a 60, alguma dela jazística, outra ligeira, como “You Know I'm no Good”, “Polca da Risota”, “Proudy Mary” ou “Coimbra é uma Lição”. Depois de 45 minutos de alegria, seguiu-se uma esplêndida segunda parte, com a brilhante interpretação da obra-prima de Georges Gershwin, a “Rapsody in Blue”. Nesta obra, os músicos da Orquestra OPUS 21 foram acompanhados pelo virtuoso pianista  espanhol José Maria Duque e todos foram excelentemente dirigidos pelo Maestro Artur Pinho Maria.
«Trata-se de músicos de diferentes graus, uns profissionais, outros não, mas de grande qualidade, que deram um excelente concerto», considera o maestro convidado, Artur Pinho Maria. «Foi, de facto, um grande momento musical e estou certo de que esta Orquestra, que tem muito potencial, tem ainda mais para nos dar, muito porque os músicos tocam com alma», acrescentou o maestro.
De resto, a Associação António Fragoso, garante o seu presidente, «está orgulhosa de contar nas suas hostes com músicos de grande gabarito, que conseguem ultrapassar reptos – à primeira vista inultrapassáveis – e porque pela primeira vez as suas duas Academias deram em conjunto concertos que vieram revolucionar o panorama musical e cultural do País». Isto porque, de facto, conta Eduardo Fragoso, os concertos «constituíram uma boa surpresa ao numeroso público que assistiu». «Tive reações de responsáveis culturais muitíssimo boas e de muita gente anónima que só dizia que nunca tinha assistido a um concerto tão surpreendentemente bom», realça. «Foi, sem dúvida, uma lufada de ar fresco, culturalmente falando», conclui Eduardo Fragoso.


A Orquestra Opus 21 é composta por um leque de 12 a 20 músicos, distribuídos por saxofones, trompetes, trombones, secção rítmica (percussão teclas e cordas), voz e outros que por vezes se associam –, dirigidos musicalmente pelo Maestro Evaristo Neto.

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